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Usar smartwatch faz mal à saúde?

Os smartwatches chegaram há pouco tempo, mas já se fazem presentes na vida de vários consumidores. Eles podem ser muito úteis, principalmente para aqueles que gostam de monitorar seu desempenho nos esportes. Contudo, seu uso contínuo levanta certos questionamentos: é seguro usar smartwatches por muito tempo? Eles fazem mal à saúde de alguma maneira?

Com o crescente uso desses aparelhos, algumas pessoas começaram a ficar inseguras quanto aos seus possíveis riscos à saúde. Além de levantar questionamento da real necessidade de se usar um mini computador no pulso 24 horas por dia.

Assim, pretendo apresentar alguns pontos importantes a serem considerados, caso você esteja preocupado em adquirir um smartwatch ou então está curioso sobre seus efeitos no corpo a longo prazo.

 Os smartwatchs emitem radiação?

Sim, eles emitem. Mas não é o que você está pensando. Por se tratar de um pequeno computador no nosso pulso, ele conta com circuitos elétricos e eletrônicos. E, onde tem corrente elétrica, tem a formação de campos eletromagnéticos.

Na prática, isso significa que temos emissão de radiação eletromagnética, igual à que o Sol emite, guardadas as devidas proporções. Ainda assim, podemos encontrar traços de raio-x, ultravioleta e outras frequências que compõem o espectro.

Os smartwatchs emitem radiação?

Sim, eles emitem. Mas não é o que você está pensando. Por se tratar de um pequeno computador no nosso pulso, ele conta com circuitos elétricos e eletrônicos. E, onde tem corrente elétrica, tem a formação de campos eletromagnéticos.

Na prática, isso significa que temos emissão de radiação eletromagnética, igual à que o Sol emite, guardadas as devidas proporções. Ainda assim, podemos encontrar traços de raio-x, ultravioleta e outras frequências que compõem o espectro.

O espectro eletromagnético da luz é composto por vários tipos de radiação (Imagem: Reprodução/NASA)

A partir disso, pode ser um pouco assustador pensar que esse aparelho está emitindo tanta radiação, mas a verdade é que basicamente qualquer dispositivo hoje em dia, que se conecte através de Bluetooth, Wi-Fi ou redes móveis, está constantemente emitindo radiação, mas nada disso é nocivo.

Inclusive, o celular que costumamos usar o dia todo e deixar próximo na hora de dormir, também entra nessa questão. Contudo, assim como o smartwatch e outros dispositivos, não emite o suficiente para, de fato, ser preocupante.

A radiação EMF faz mal à saúde?

A radiação EMF (campo eletromagnético) emitida pelos smartwatches é constante. Todavia, não traz riscos à saúde mesmo por longos períodos de uso ou até 24 horas por dia.

Ainda que a proposta deles seja a de ser um relógio para se usar o dia todo, algumas ressalvas são válidas. Por exemplo, muito dificilmente seus dados de sono sofrerão alterações de um dia para o outro.

Por isso, você não precisa dormir todas as noites com seu smartwatch, mas sim uma vez por semana ou em dias intercalados.

Inclusive, seu melhor uso pode ser no momento de atividades físicas. Já que, nessa hora, é possível adquirir algumas informações interessantes e traçar metas a partir delas, seja de calorias gastas ou tempo de treino.

Ainda assim, é importante lembrar que esses dados não são de todo precisos. Ou seja, não baseie suas dietas e rotinas de treino apenas no smartwatch. Tenha outras fontes de dados, como balanças, acompanhamento profissional e também registros.

Quer dizer que Smartwatches são inofensivos?

Para ser sincero, esse é um ponto para se discutir. Se considerarmos apenas a radiação EMF, não temos problemas. Contudo, o modo como somos instigados a usar pode trazer algumas questões referentes à saúde.

Isto é, ao utilizarmos um aparelho que está constantemente enviando notificações (seja de mensagens recebidas ou mesmo funcionalidades voltadas para bem-estar), podemos desenvolver uma certa dependência.


A radiação de smartwatches ou smartphones é muito inovensiva frente à outras fontes (Imagem: Slightly_different/Pixabay)

Com isso, criamos um hábito de estar o tempo todo conferindo nossos dados e mensagens. Com isso pode-se desenvolver sintomas de ansiedade referente ao seu metabolismo. Visto que, no menor sinal de discrepância entre os dados, você pode ficar preocupado.

Além disso, há casos em que pessoas relataram sentir dores de cabeça constantes, falta de sono e até náuseas, depois de adotar o uso constante de smartwatch. Sendo que isso pode ser ocasionado por conta desse hábito adquirido.

Dessa forma, o recomendado é evitar ficar o dia inteiro com o aparelho no pulso, principalmente antes e durante o sono. Já que nosso organismo conta com uma rotina específica para relaxar e trabalhar as questões corpóreas enquanto dormimos.

Os dados do smartwatch são confiáveis?

Outro assunto que pode surgir a respeito de smartwatches é justamente sobre seus dados metabólicos. Ou seja, monitoramento de batimento cardíaco, níveis de estresse, pressão sanguínea e do sono, entre outros.

Medir a saúde do usuário fica mais para o marketing do que na prática mesmo. Isso porque, por melhor que os sensores possam ser, eles não devem substituir um dispositivo médico mais preciso.

Os smartwatches são bastante uteis para quem pratica exercicios (Imagem: Divulgação/Garmin)

Smartwatches podem até te ajudar a acompanhar as condições gerais do seu corpo, mas não leve 100% a sério tudo que está sendo monitorado. Até porque já houve casos de eles não conseguirem detectar os sinais vitais adequadamente em momentos mais críticos, como arritmias ou mesmo taquicárdicos.

Esses relógios inteligentes podem ser considerados para acompanhar a frequência cardíaca, mas não devem substituir exames de rotina, com eletrocardiogramas ou ecocardiogramas.

Outro fator a ser considerado para manter uma boa saúde, é praticar atividades físicas. Cada vez que você pratica exercícios, libera hormônios no corpo que ajudam a manter a saúde, principalmente no dia a dia.

Smartwatch causa alergia?

Apesar da radiação não ser o problema dos smartwatches, a alergia pode sim, se manifestar. Há casos de pessoas que começaram a sentir queimação ou até coceiras no pulso, justamente na região onde o acessório fica.

Isso pode se dar por vários motivos, desde o suor até reações alérgicas contra o material utilizado. Por isso, caso você comece a identificar um certo desconforto, é recomendado suspender o uso e procurar um especialista.

Caso sinta desconfortos o ideal é procurar ajuda e aconselhamento médico (Imagem: DragonImages/Envato Elements)

Seja um alergista ou dermatologista, o ideal é que se investigue a causa da irritação. Existem exames que conseguem detectar elementos aos quais seu corpo começa a reagir.

A partir disso, se ainda deseja manter o hábito de colocar seu smartwatch, será preciso avaliar o material do aparelho e de sua pulseira ou mesmo os momentos em que se usa. Entretanto, vale procurar opções para trocar a fivela ou até mesmo o próprio corpo do aparelho.

Smartwatches e privacidade

Em uma era em que informação é a nova moeda das grandes companhias e empresas, os relógios inteligentes não ficam de fora dessa jogada. Por isso é importante se atentar a isso.

Ao utilizarmos um destes aparelhos, seja um Galaxy Watch ou mesmo Apple Watch, assinamos acordos para que seus fabricantes tenham acesso a diversos dados, no caso até de saúde.

Ambos modelos são interessante e apresentam propostas semelhantes (Imagem: Canaltech)

Pensando que tudo isso é compilado e analisado por empresas dos Estados Unidos, China e outros, é sempre importante estar ciente do que se está oferecendo. Assim, tome cuidado com as redes Wi-Fi que está utilizando tanto o aparelho quanto o celular.

Dessa forma, tal como qualquer outro aparelho que utilizamos o tempo todo, é preciso ficar atento a tudo que aceitamos, seja de contratos ou redes privadas. Dados podem conter informações sensíveis ou mesmo abrir brecha para ataques hackers.

Por fim, fica a ressalva de não se apegar muito aos dados fornecidos pelo smartwatch, tomar cuidado para não gerar vícios e outras dependências tecnológicas por conta do nosso consumo e também se atentar ao que você fornece que pode ser sigiloso.

Muitas vezes, criamos necessidades simplesmente por status ou mesmo puro consumismo. Vale se perguntar se realmente precisamos desse ou daquele produto no nosso dia-a-dia.

 

Fonte: canaltech.com.br